Como assim, Bial?
A bactéria Klebsiella planticola é um organismo do solo muito comum e é encontrada nas raízes de todas as plantas terrestres. Ela é parcialmente responsável pela decomposição natural de todo material vegetal e, devido ao seu crescimento agressivo, foi escolhida.
A ideia era criar uma bactéria capaz de produzir álcool a partir de resíduos vegetais (restos de colheita de trigo, por exemplo), em vez de queimar o material e gerar mais poluição. Introduzido o gene certo, a bactéria estaria apta a produção de álcool (Ah, a ciência…) e havia mais.
Após a fermentação esperada que produziria o álcool, o resíduo da reação seria um material rico em nitrogênio, fósforo, enxofre, magnésio e cálcio, um excelente fertilizante. Perfeito, um ciclo sem resíduos, enfim.
Era bom demais para ser verdade…
Foi então que, uma certa Drª Elaine Ingham (acrescentem ela em suas orações) e seus colegas da Universidade do Oregon, levantaram a seguinte questão: Neste fertilizante haveria bactérias produtoras de álcool vivas?Todas as plantas. Que desperdício…
Sim. E elas continuariam produzindo álcool numa quantidade muito além da necessária para intoxicar o solo e matar TODAS as plantas terrestres, já que se multiplicariam e, como a bactéria original, viveriam no solo, contaminando o sistema de raízes das plantas.Os testes conduzidos pelos cientistas que trabalham para a indústria da biotecnologia foram feitos em solo estéril, portanto, os resultados foram imprecisos. Os testes da Drª Ingham foram feitos num cenário mais real e, considerando que o solo de nosso planeta não tem nada de estéril, ela e sua equipe conseguiram evitar o desastre iminente.
Seria um incidente tão inédito e impactante, que não se pode desprezar a hipótese de destruição total da vida.
http://bocaberta.org/2010/04/a-bacteria-que-quase-destruiu-o-mundo.html
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